Por Paulo Chagas / Assessoria de Imprensa Sebrae Serra

O projeto de implantação do cicloturismo na   Serra ganhou impulso a partir do resultado de uma indicação do Plano Regional de Turismo, criado em 2021, com o objetivo de unir a região, fazendo com que o desenvolvimento seja regionalizado. Dentre as ações, o Cicloturismo. Em agosto de 2022, os gestores de Turismo de nove municípios da Região Serrana foram até Timbó com a missão de conhecer a Rota do Cicloturismo, considerada exemplo no Brasil. O Selo Serra Catarinense Sustentável, já consolidado, foi outra ação implantada pelo Plano Regional.

Para dar prosseguimento no projeto do cicloturismo serrano, recursos vieram através de uma emenda parlamentar da deputada federal Carmen Zanotto. O valor foi aplicado no desenvolvimento de produtos turísticos. De acordo com a turismóloga Ana Vieira, da Amures, o projeto prevê, entre outras coisas, oito estações de bikes, conhecidas como Centro de Atendimento ao Turismo (CAT), abrangendo nove municípios da Amures. “A proposta precisa de que a infraestrutura esteja em movimento e em conectividade com total comunicação, inclusive, com resguardo das bicicletas, pois, algumas chegam a custar R$80 mil”, ressalta Ana.

Sebrae passa a ser parceiro

Diante da necessidade de um estudo geral dos trajetos, o Sebrae entrou como parceiro no projeto disponibilizando recursos a uma consultoria especializada para desenvolver o circuito e o projeto de cicloturismo na Serra. O desafio é dar ao turista a opção de viajar de bicicleta por mais dias, integrando o Vale Europeu, com os caminhos desafiadores da Serra Catarinense. Segundo a turismóloga da AMURES, não existe no Brasil algo parecido. Haverá passagens, por exemplo, de isolamento absoluto como por dentro do Parque Nacional de São Joaquim, que servirão de atrativo ao turista nacional e internacional.

O gerente regional do Sebrae, Altenir Agostini, vê o projeto como uma nova oportunidade de desenvolvimento do turismo na região. Cerca de 60% do circuito é formado por estradas municipais e de chão, mas com paisagens deslumbrantes. Será, portanto, o segundo circuito no Estado, do porte do Vale Europeu. “O cicloturismo se conecta com a sustentabilidade, gastronomia, enoturismo, enfim, é uma atividade que promoverá a Serra em todas as estações”, completa.

Mínimo 10 mil turistas por ano

Somente Timbó recebe cerca de 10 mil turistas por ano. Na Serra, o mesmo número pode ser alcançado somente por turistas internacionais, podendo ser ampliado, a depender da forma de comunicação a ser utilizada. Por outro lado, o projeto na Serra Catarinense é ainda mais interessante. Além do cicloturismo, os interesses do visitante podem variar com a viagem pelo roteiro a cavalo, moto, carros 4 X 4, e até mesmo por caminhantes. A conclusão do projeto deve ocorrer no início de 2024.

Os nove municípios que fazem parte do projeto são: Lages, Bocaina do Sul, Bom Retiro, Rio Rufino, Urubici, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Painel e Palmeira.

Fotos: Ademir Winkelhaus